Mais unidos...

Por PAMELA REDMON SATRAN (adaptado)

Quer saber o segredo que os casais superunidos compartilham? Não é a conversa brilhante nem o sexo fantástico, embora possam ter isso também em comum. O segredo é que eles descobriram como ser gentis um com o outro.
Isso mesmo: a gentileza, como a ternura, a consideração, a delicadeza – todas essas qualidades subestimadas. "São os pequenos momentos em que um estende a mão ao outo que mantêm o amor por muito tempo", diz Laurie Moore, autora de Creative intimacy (Intimidade criativa).
Certo, todos somos gentis com nossos parceiros. Mas os casais mais felizes conseguem fazer isso sem esforço e com freqüência, mesmo nos dias em que não estão se suportando. Não é que sejam mais altruístas do que os outros. O que eles compreendem é que existe uma causalidade na gentileza: um gesto amável inspira atos recíprocos de boa vontade.
Sintonize seu casamento com cinco sugestões e faça a gentileza funcionar com vocês:
Toque – fora do quarto
Eis a recordação mais vívida que tenho de nosso casamento: meu marido a meu lado, no altar, tremendo de nervosismo. O pobre coitado estava lá, tiritando, então peguei a mão dele, apertei-a, e ele apertou a minha. E esta é a segunda recordação mais vívida da cerimônia: nós dois trocando votos, as mãos agarradas, tremendo juntos.
Às vezes o gesto mais gentil é um simples toque. A mão no joelho dele durante um jantar no qual você sabe que ele está pra lá de entediado. O abraço animado que ele lhe dá quando você está saindo para uma entrevista de emprego.
Existe um motivo para essa sensação de pele com pele ser tão poderosa. "Quando as pessoas se tocam, o corpo produz oxitocina, criando uma sensação de serenidade", explica Sandra Anne Taylor, autora de Secrets of attraction: the universal laws of love, sex and romance (Segredos da atração: as leis universais de amor, sexo e romance). "Física e quimicamente, esse fato liga vocês e faz com que se sintam mais unidos." Isso pode parecer uma banalidade. Entretanto, na confusão de nossas vidas agitadas, podemos passar horas, ou mesmo dias, sem tocar nosso parceiro.
Não esqueça dos rituais
Quanto mais você incorporar pequenas gentilezas à sua rotina, mais fácil será apoiar-se nelas como fonte de força em seu relacionamento.
Antes do início de cada semana, o marido de Teisha V. Kop, diretora de relações públicas de Dallas, lava o carro dela, enche o tanque; ela, por sua vez, reúne tudo que ele vai precisar na segunda-feira de manhã (chaves, carteira, pasta).
Esqueça gestos grandiosos; pense nos pequenos, pessoais e carinhosos.
Aprenda com o jardim-de-infância
No fim, tudo que nos ensinam no jardim-de-infância – escutar, não interromper, dizer "por favor", "obrigado", e "desculpe" – aplica-se igualmente ao casamento.
"No dia-a-dia, é fácil deixar que a boa educação voe pela janela", observa Sandra. "Mas dizer ´obrigada´ quando ele lhe traz um copo d´água ou ´desculpe´ quando você perde a calma é um jeito fácil de mostrar que vocês se respeitam."
Solte os elogios
"Faço questão de não guardar para mim os bons pensamentos que tenho em relação a meu marido", afirma Shelley Kelly, mãe de gêmeas. "Quando digo que ele está bonito, ele se ilumina como uma árvore de Natal."
Por que os elogios são tão importantes? "Vivemos num mundo competitivo, e muitas vezes somos duros com nós mesmos", diz Sandra. Um lembrete de que somos inteligentes, bonitos ou divertidos – partindo da pessoa cuja opinião mais valorizamos – pode bastar para vencermos uma insegurança.
Pense em gentilezas aleatórias
Isso mesmo, estamos falando de gestos espontâneos que fazem você lembrar como é bom estar com seu companheiro.
"Meu marido às vezes aparece no meu escritório para almoçar comigo", conta Karen. "Outro dia, ele veio aqui e eu não estava. Encontrei um bilhete em minha cadeira dizendo: ´Arrume esta mesa. Seu marido.´ Aquilo me fez rir, e adorei saber que ele tinha passado por ali espontaneamente."
É mais difícil fazer aquela pequena gentileza quando os dois estão carentes. É aí, porém, que um gesto amável surte o efeito dominó.
Quando Shelley Kelly estava no quinto mês de gravidez, o marido, Michael, perdeu o emprego. "Na ocasião queria sentir pena de mim mesma, mas resolvi que, se eu pudesse ajuda-lo, estaria ajudando a nós dois." Ela o surpreendeu com um jantar para comemorar o fato de ele ter saído de um emprego que detestava. "Como acreditei nele, Michael se sentiu confiante", recorda ela. "Aquele jantar estabeleceu um espírito otimista que tem nos ajudado a superar outras dificuldades."

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