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Com a aproximação do Natal surge mais freqüentemente a lembrança da necessidade de vivermos em concordância com a mensagem de amor que Jesus Cristo deixou à Humanidade. Sensibilizamo-nos com os nossos semelhantes menos aquinhoados no mundo material e somos inclinados a falar mais sobre paz.
Em sua passagem pela Terra, àquela época de tempos conturbados e povoada por homens rudes e egoístas, Jesus chegou para preconizar a caridade, o perdão, a humildade e o amor conscientizando-os da importância do emprego dos sentimentos e ações elevadas no dia-a-dia de relacionamento com o próximo. Muito tem mudado desde então nos dois últimos milênios: o Homem desenvolveu o intelecto e vem alcançando sucesso nos campos da Ciência e da Tecnologia. Contudo, compreendemos que, embora tenha percorrido tão vasto caminho, ainda extenso é o progresso a realizar objetivando a purificação espiritual.
Infelizmente, para diversos de nós, a paz apregoada e a assistência dirigida ao próximo restringe-se ao período em que se avizinham as comemorações natalinas, enquanto que a mensagem de Jesus é atemporal e eterna, e não somente para que o seu conteúdo seja colocado em prática como a executar um compromisso de agenda, no mês de dezembro. Divisado por este ângulo, a relevância de um momento em que deveríamos reverenciar Jesus, a verdadeira e única razão de celebrarmos o Natal, acaba por dispersar-se em uma corrida agitada entre shoppings e supermercados enfrentando filas e ambientes superlotados, o que caracteriza o lado consumista deste período e ao mesmo tempo rebaixando a magnitude do evento do nascimento de Jesus para simples festa do Papai Noel.
Nós, que nos denominamos cristãos, vamos trazer Jesus Cristo de fato para o eixo de nossa vida permitindo-Lhe abrir-nos os olhos da alma. Somos nós que escolhemos o Natal que desejamos ter. Portanto, se é nossa meta melhorarmos a cada dia a qualidade dos sentimentos, pensamentos e ações é preciso descerrar a mente e o coração deixando permear a verdadeira Luz, aquela que é de nosso encargo não permitir seja ofuscada pela dos piscapiscas que adornam árvores e janelas.
Crônica de Sandra Lado Ces Duarte - Centro Espirita Clarêncio - RJ
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